Coisas que eu aprendi com 20 anos (e algumas sessões de terapia)

Tem coisas que a gente só entende quando vive.
Mas, às vezes, eu penso que teria sido mais leve se alguém tivesse me dito certas verdades antes — com calma, sem frases prontas, com sinceridade.

Essas são algumas das coisas que eu aprendi com 19 anos e algumas sessões de terapia… mas que gostaria de ter ouvido mais nova. 🙂

1. Você não é os seus pensamentos

Essa foi uma das primeiras coisas que realmente me libertou.
Por muito tempo, eu achava que tudo o que passava na minha cabeça dizia algo sobre quem eu era. Mas a verdade é: você não é os seus pensamentos.

Você é a pessoa que os escuta — e é capaz de escolher quais fazem sentido e quais precisam ser ignorados.
Nem tudo que vem da sua mente merece a sua atenção.

2. Aquilo que você para de alimentar, morre

Demorei pra entender o poder disso.
Pensamentos, sentimentos, relações… tudo o que você deixa de nutrir, aos poucos, enfraquece e desaparece.

Existem poucas coisas que vão te deixar tensa, ansiosa ou desconectada que realmente valem a pena insistir.
Paz é o tipo de luxo que custa caro para ser vendido por qualquer preço.

3. Se você precisa se questionar tanto assim…

“Será que ele gosta de mim?”
Se essa pergunta precisa ser feita com frequência, a resposta provavelmente é não — exceto em contextos de regulação emocional comum.

A dúvida constante já é um sinal de desequilíbrio.
E uma relação não se sustenta em cima de inseguranças o tempo todo.

4. Você não é tão importante quanto pensa

Esse foi um dos tapas mais necessários.
A gente passa boa parte da vida acreditando que o mundo tá olhando pra cada passo nosso, julgando, comentando, analisando.
Mas ninguém tá pensando tanto assim em você.

Nem todo olhar é sobre você.
E perceber isso é libertador — porque te dá espaço pra viver sem tanto medo do que os outros vão achar.

5. Você já superou muita coisa

Pensa em todos os momentos que pareciam impossíveis de suportar.
Agora olha pra você.

Todos os piores problemas que você achou que não iria superar, passaram.
Então lembra disso na próxima vez que parecer o fim do mundo.

6. Faça algumas coisas que você não quer fazer

Nem sempre a motivação vem antes da ação.
Tem dias em que você simplesmente precisa levantar e fazer — o treino, a boa alimentação, o estudo.

Agora talvez pareça cansativo, mas lá no futuro você vai se agradecer.

7. Seja uma boa pessoa, mas não seja sempre a “boazinha”

Ser uma boa pessoa é agir com respeito, empatia e consciência.
Mas ser “boazinha” o tempo todo é, muitas vezes, se colocar em segundo plano.

Aprendi que dá pra ser gentil sem se anular.
E que não tem problema dizer “não”.
Aliás, às vezes é justamente o “não” que mantém a sua integridade intacta.

8. Cuidado a quem você dedica a sua atenção

Antes de se importar tanto assim com a opinião de alguém, pergunte a si mesma:
“Essa pessoa é alguém que eu admiro?”

Se a resposta for não, por que a percepção dela tem tanto peso?
Nem todo julgamento merece espaço na sua cabeça.

9. Faça as pazes com os seus sentimentos

Você é humana.
E isso significa que vai sentir de tudo — inclusive o que chamamos de “coisas feias”.

Raiva, inveja, tristeza, medo… todos fazem parte.
Não tem nada de errado em sentir.
O problema é fingir que não sente.

10. Existe amor em todas as coisas

Essa talvez seja a mais bonita (e a mais difícil de entender).
Existe amor até nas experiências que machucam, porque são elas que te empurram pro próximo passo.
Existe amor nos recomeços, nas pausas e nas despedidas.


Essas são pequenas verdades que eu venho colecionando — não porque sejam universais, mas porque fizeram sentido pra mim.
Talvez algumas ecoem aí também.
Talvez outras só façam sentido daqui a um tempo.

Mas o ponto é: a vida fica mais leve quando a gente se permite aprender.
Mesmo que seja na marra, com 20 anos e algumas sessões de terapia. 🙂

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